Profissionais de Saúde avaliam a assistência às pessoas em crise
Seminário reuniu cerca de 200 profissionais de Saúde de Aracaju (Fotos: Ascom/SMS)
Enfermeiras da UPA do Zona Sul, Lislane Ribeiro e Grazielle Dias
Coordenadora da Urgência Mental da PMA, no Hospital São José, Maria Aparecida
Coordenadora da UPA da Zona Sul, Andréa Wiltshire
Presidente do Sindicato dos Psicólogos de Sergipe, Heitor Freitas
Médico-clínico do Caps Artur Bispo do Rosário, Bruno de Jesus Cordeiro
Conferencista do Seminário, médico Antônio Souza Lima
Os profissionais de Saúde da Prefeitura Municipal de Aracaju opinaram sobre os desafios à assistência clínica e de urgência aos transtornos mentais, debatidos durante o I Seminário Municipal de Atendimento Multiprofissional em Urgência Psiquiátrica. As atividades foram encerradas no sábado, dia 5, no auditório do Centro de Educação Permanente em Saúde (Cerest/SMS).
Para os profissionais no dia-a-dia das Urgências de Pronto Atendimento (UPAs), muitos trabalhadores demonstram fragilidades diante de pacientes em crise, com agitação psicomotora. Outros avaliaram a capacitação como estimulante à reflexão sobre a necessidade da humanização do cuidado ao transtorno mental. Muitos parabenizaram a iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde em contribuir para desmitificar temas como crise psiquiátrica e por preparar os profissionais para essa intervenção.
Para a secretária municipal de Saúde, Stella Maris Moreira, os trabalhadores e os membros da gestão da Secretaria Municipal de Saúde têm de qualificar os serviços e intervenções para garantir uma assistência humanizada nas urgências de Aracaju. “Na nossa capital é crescente o índice de pessoas com sofrimento mental que buscam atendimento de urgência", afirmou.
Participaram da qualificação trabalhadores de equipes de Saúde de unidades de Pronto Atendimento UPA da Zona Norte - Nestor Piva; da UPA da Zona Sul - Fernando Franco; e da Urgência Mental do Hospital São José. O evento contou ainda com a participação de profissionais de Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e de unidades básicas. Veja abaixo depoimentos de participantes do seminário.
Enfermeira da UPA Fernando Franco, Zona Sul, Lislane Ribeiro de brito Guerra
"É a primeira vez em quatro anos de atuação na UPA Fernando Franco que participo de um evento direcionado ao tema à assistência a pessoas com transtorno mental. Nas UPAs, é crescente a demanda por atendimento de pacientes psiquiátricos. O despreparo dos profissionais da rede de Saúde nessa assistência era visível. Agora, a tendência é que esses conhecimentos sejam retransmitidos para os profissionais da rede de atenção primária".
Enfermeira da UPA Fernando Franco, Zona Sul, Grazielle Dias Sampaio
"Este simpósio demonstra a consolidação da política de Saúde Mental no município de Aracaju, uma vez que está permitindo uma discussão sobre a crise psiquiátrica de forma multiprofissional. Esse momento possibilita respaldar os profissionais para cada vez mais qualificar o atendimento aos usuários, em um momento tão importante quanto é o momento de uma crise psiquiátrica".
Coordenadora da UPA Fernando Franco, Zona Sul, Andréa Wiltshire Carvalho Rodrigues
"Estou na urgência de porta aberta e de 24h. E apesar de não se configurar em urgência psiquiátrica, lá temos de estar preparados para receber qualquer cidadão, entre eles os pacientes com transtornos mentais. Esse simpósio, portanto, é de supra importância para que os profissionais possam viabilizar um atendimento técnico e humanizado para todos".
Presidente do Sindicato dos Psicólogos do Estado de Sergipe, Heitor Freitas
"O simpósio está sendo de grande importância, porque está promovendo conhecimento e informações mais precisa aos profissionais que atuam na urgência e emergência. A nossa expectativa é que possamos garantir uma escuta e um atendimento mais qualificados aos transtornos mentais".
Coordenadora da Urgência Mental da SMS, no Hospital São José, Maria Aparecida da Silva
"Esse momento foi criado para que a gente possa capacitar todos os funcionários da própria urgência mental e os profissionais da Zona Norte e Zona Sul no cuidado aos pacientes em crise psiquiátrica. As dificuldades na assistência a esses pacientes se dão pelo fato dos profissionais se sentirem incapazes de lidar com a agitação psicomotora. Porém, os conhecimentos técnicos dessa área apontam que há viabilidade e efetividade da assistência multiprofissional na clínica médica, não apenas na especialidade psiquiátrica".
Assessora técnica da Coordenação Estadual da Atenção Psicossocial, Suely Matos Santos
"A SMS está de parabéns por organizar um seminário que aproxima os profissionais à temática da loucura, o que ajuda a desmitificar a crise psiquiátrica enquanto questão referente à agressividade, à violência. Com as informações proporcionadas aqui, os profissionais poderão ampliar o olhar e a capacidade de lidar com o paciente enquanto sujeito, que está em um momento de crise. Para ajudar o paciente a sair de uma crise psiquiátrica, o profissional precisa conhecer também sobre questões as quais levaram àquele quadro clínico".
Assistente social, lotada na USF Eunice Barbosa, Cláudia Itatiana
"Esse evento é de grande relevância, porque permite uma discussão ampliada entre os profissionais da Rede de Urgência Psiquiátrica e os profissionais que atuam nas UPAs. Essa integração de serviços contribui para sensibilizar o profissional das diversas formações acadêmicas para o acolhimento aos usuários".
Médico-clínico do Caps Artur Bispo do Rosário, Bruno de Jesus Cordeiro
"O seminário está promovendo a interatividade dos profissionais das diversas áreas das redes do serviço de Saúde. Está sendo produtivo, educativo e estabeleceu parâmetros para a assistência à crise psiquiátrica".
Assessora técnica do Núcleo de Educação Permanente da Reue, Elielma Alves de Sá
"O seminário objetivou aperfeiçoar as ações dos profissionais que atendem transtornos mentais e desmitificar o cuidado aos pacientes psiquiátrico. O desconhecimento sobre transtorno mental provoca medo por parte dos profissionais da rede de saúde pública e do setor privado. É comum os profissionais afirmarem não estar preparados para dar assistência a pessoas em crise de agitação psicomotora".
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